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Conselheiro da Procempa, Claudio Manfrói, é preso por porte ilegal de armas de uso restrito

By 13 de agosto de 2013No Comments

O integrante do Conselho de Administração da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (Procempa), Claudio Manfrói, investigado na operação deflagrada pelo Ministério Público para apurar fraudes no órgão foi preso, nesta terça-feira, por porte ilegal de arma. Durante cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa dele, agentes do MP localizaram seis armas: quatro revólveres (calibres 44, 38, 22 e 32), uma pistola 635 e uma espingarda calibre 12. 

A espingarda e o revólver 44 são de uso restrito da polícia. A delegada plantonista da 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), Andréa Mattos explica que as outras seis armas tinham registro, mas vencidos. Manfrói foi autuado por porte ilegal de armas de uso permitido e restrito, cujas penas somadas podem variar de quatro a nove anos de prisão. No início da noite, porém, a Justiça concedeu a ele o relaxamento de prisão e permitiu que volte para casa. O conselheiro é um principais líderes do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) local. A assessoria de imprensa da Procempa informou que a empresa não pretende se manifestar sobre o caso.

Outros dois investigados na Operação Sete Chaves também foram encaminhados à delegacia depois de terem armas apreendidas em casa. A delegada relata que o ex-presidente da companhia, André Imar Kulczynski, possuía duas armas e o ex-gerente financeiro Ayrton Fernandes uma, mas de uso permitido e com registro, ainda que vencidos. 

Assim, eles foram autuados por posse ilegal de arma de uso permitido e liberados após pagamento de fiança. O valor estipulado ao ex-presidente foi de dez salários mínimos, o equivalente a R$ 6.780, e ao ex-gerente financeiro de cinco salários, correspondente a R$ 3.390. Kulczynski também é ligado ao PTB.

Agentes da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram mandados ainda na casa da ex-diretora administrativa e financeira da Procempa, Giorgia Pires Ferreira. 

A promotora Marta Jung informou que, além das armas, foram apreendidos dinheiro e uma quantidade expressiva de documentos nos locais. Conforme ela, entre eles estão processos administrativos da companhia, considerados desaparecidos.

O MP vai agora analisar os documentos e, após, encaminhá-los à Justiça, dando prosseguimento ao inquérito sobre crimes como desvio de dinheiro público e fraude em licitações na companhia. 

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